Amanhã (hoje) será a primeira
segunda do ano. Mas isso pouco importa porque estou de férias. De qualquer
forma, amanhã virá, definitivamente, o gostinho de 2015.
Finalmente! Porque puta que o
pariu, que ano mais merda que foi 2014! Sofrimento demais a troco de nada. Se
pudesse resumir este ano em uma palavra, esta seria: sujeira. Pensando no
significado de “sujeira” não como algo concreto, mas abstrato. O sentimento de
sujeira não é novo para mim, já o conheço de longa data, quando era capaz de
aplacá-lo com dois ou três comprimidos de laxante seguidos de quase uma semana
em total jejum. Tive oportunidade de contato com inúmeras sensações extasiantes
destes tempos para cá, provocadas ou não por algum tipo de psicotrópico ou
alucinógeno e, sim, nesta altura da minha vida, eu afirmo: nenhuma sensação no
planeta supera a de sentir-se plenamente limpa, vazia, desintoxicada. Definhando-se.
Nada.
Em 2014 eu fiz muita merda,
fui um ser humano horroroso e indigno. Pensei em apertar o botão reset da vida,
mas a coisa foi tão estrondosa que nem morrer eu podia, visto que tinha uma
tonelada de material a ser escondido – desde situações até a cigarros e
remédios.
Foi com muito custo – e
lágrimas – que consegui trazer a tona todas essas coisas, o que já foi de
grande alívio. Se eu morrer agora de infarto, estarei tranquila, pois não há
mais nada de surpreendentemente desapontador para vir à tona e fazer alguém
triste. Entretanto, não vou morrer agora, então o que me resta é pensar em 2015
como sendo o tal do clichê caderno em branco, que tenho 360 páginas novinhas para
que eu possa rasgar, picotar, rabiscar e borrocar tudo novamente! É
brincadeira. Não tenho grandes expectativas, mas estou a fim de me dar uma nova
chance de ser uma pessoa transparente e limpa, o que inclui também as minhas
características inatas e de personalidade que não são as mais puras, mas são
minhas e não quero mais escondê-las sem necessidade.
Bom, depois de comer e beber
tanta porcaria nas duas últimas semanas, nada mais adequado que o antigo
ritual: laxantes e jejum.
Preciso fazer isso por mim.
3 comentários:
O meu ano de 2014 também não foi lá essas coisas não, como postei no ultimo post do ano, para não fui a regra. E como disse temos os 360 dias pela frente para começar a fazer "as burradas" ou os acertos novamente. Então vamos tentar e seguir em frente.
Sucesso na sua caminhada.
Quando assumi meus defeitos foi como tirar um peso de cima dos ombros. Pronto, agora tambem nao tenho mais nada de novo pra magoar ninguem.
Há males que vêm para o bem. Tou sendo louca em paz agora rs.
"Porque puta que o pariu, que ano mais merda que foi 2014!"
Nem me fale.
Obrigada pelos conselhos, pelos xingões, por existir.
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