segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

A Saucerful of Secrets

Amanhã (hoje) será a primeira segunda do ano. Mas isso pouco importa porque estou de férias. De qualquer forma, amanhã virá, definitivamente, o gostinho de 2015.
Finalmente! Porque puta que o pariu, que ano mais merda que foi 2014! Sofrimento demais a troco de nada. Se pudesse resumir este ano em uma palavra, esta seria: sujeira. Pensando no significado de “sujeira” não como algo concreto, mas abstrato. O sentimento de sujeira não é novo para mim, já o conheço de longa data, quando era capaz de aplacá-lo com dois ou três comprimidos de laxante seguidos de quase uma semana em total jejum. Tive oportunidade de contato com inúmeras sensações extasiantes destes tempos para cá, provocadas ou não por algum tipo de psicotrópico ou alucinógeno e, sim, nesta altura da minha vida, eu afirmo: nenhuma sensação no planeta supera a de sentir-se plenamente limpa, vazia, desintoxicada. Definhando-se. Nada.
Em 2014 eu fiz muita merda, fui um ser humano horroroso e indigno. Pensei em apertar o botão reset da vida, mas a coisa foi tão estrondosa que nem morrer eu podia, visto que tinha uma tonelada de material a ser escondido – desde situações até a cigarros e remédios.
Foi com muito custo – e lágrimas – que consegui trazer a tona todas essas coisas, o que já foi de grande alívio. Se eu morrer agora de infarto, estarei tranquila, pois não há mais nada de surpreendentemente desapontador para vir à tona e fazer alguém triste. Entretanto, não vou morrer agora, então o que me resta é pensar em 2015 como sendo o tal do clichê caderno em branco, que tenho 360 páginas novinhas para que eu possa rasgar, picotar, rabiscar e borrocar tudo novamente! É brincadeira. Não tenho grandes expectativas, mas estou a fim de me dar uma nova chance de ser uma pessoa transparente e limpa, o que inclui também as minhas características inatas e de personalidade que não são as mais puras, mas são minhas e não quero mais escondê-las sem necessidade.
Bom, depois de comer e beber tanta porcaria nas duas últimas semanas, nada mais adequado que o antigo ritual: laxantes e jejum.
Preciso fazer isso por mim.

3 comentários:

(●•Lia•●) disse...

O meu ano de 2014 também não foi lá essas coisas não, como postei no ultimo post do ano, para não fui a regra. E como disse temos os 360 dias pela frente para começar a fazer "as burradas" ou os acertos novamente. Então vamos tentar e seguir em frente.
Sucesso na sua caminhada.

Drella disse...

Quando assumi meus defeitos foi como tirar um peso de cima dos ombros. Pronto, agora tambem nao tenho mais nada de novo pra magoar ninguem.
Há males que vêm para o bem. Tou sendo louca em paz agora rs.

Marcy! disse...

"Porque puta que o pariu, que ano mais merda que foi 2014!"

Nem me fale.

Obrigada pelos conselhos, pelos xingões, por existir.