domingo, 4 de maio de 2014

Meu namoro de dois anos e meio acabou. Eu acabei com ele. Estou sem forças para explicar o porquê, só não suportava mais toda a distância entre nós, e num momento impulsivo fui até ele e acabei com tudo.
Estou um lixo. Mas, pensando pelo lado romântico e filosófico dos meus problemas mentais, eu precisava disso. Sinto uma espécie de prazer estranho em acabar com tudo e ficar terrivelmente mal e miserável depois. Tenho prazer em me sacrificar, isso não é segredo.
Estou em um determinado ponto da vida em que meus problemas (patológicos) se acumularam e, por fim, se estabilizaram. Eu preciso de um surto doentio que me leve quase à morte e me faça reconhecer que sim, eu tenho coisas a serem tratadas. Aprendi a lidar com com minhas questões, me adaptei, acostumei, e se tudo continuar estável, eu não farei nada, nunca. Acredito que agora tenho estrutura psíquica para uma recuperação.
Preciso me entregar um pouco, tudo o que tenho feito é nadar contra a maré, lutar contra meus desejos doentes. Isso é desgastante. Esta é minha última cartada. Vou deixar rolar, e espero ter forças para voltar. A morte não é mais tão assustadora agora.

2 comentários:

Drella disse...

Ah, tou mergulhando nessas águas e fazendo chafariz depois. Sem intenção de tratamento, a não ser que, como você bem colocou, uma experiência de quase morte me mude(ou me obrigue). Desejo boa sorte e boa vida aos que se dedicam à recuperação, e de coração, espero que você atinja a felicidade no caminho que escolheu. (:

Viviana Ruiz disse...

O bom é que pelo menos você reconhece, esse é o primeiro passo, materializar o que sentimos. Você foi muito corajosa em terminar, por um fim também significa uma segunda chance, pra si mesma, para o outro. Enfim, melhoras sempre.